De volta pra
dentro do barracão,
erguido
nos anos 30,
recupero-me
aos poucos,
reduzo-me
ao silêncio
da escuta
e da escrita,
e aos
minutos que restam
na
bateria que sustenta
tenazmente
a tecnologia
de nossa
comunicação.
Sabemos,
como desde
sempre e
então: somos-um
Oráculo
invertido em cores
: este
Ying-Yang perpétuo.
Queimamos
juntos
do papel
ao fumo,
e
acendemos internamente
luzes
extraordinariamente noturnas.
Insisto
dizer, ainda que isto,
e já que
tudo seja, por si só,
um
absurdo absoluto.
(Cessaram
as palavras,
e
quaisquer linguagens,
cessaram)
Em mim –
paisagens
são
frequências
de além
mar
e
oriundas da terra
mais que
profunda
–
meu-eu-caboclo,
este
índio terreno
alcalino
terráqueo,
reivindica-se.
Ouço os
ecos destas
narrativas,
e creio
vibrando
em riste, sobre mim,
a magia
de BABAEGUN.
(Que de
onde vem a morte
a vida
retorna mais forte.)
Porque a
fonte aonde se
ligam as
tomadas da vida,
a força é
infinita, inescrutável,
embora às
vezes, percebida.
(deste
autor o pai nasceu no nordeste
de
portugal, e veio ser proletário em osasco,
se casou
com uma mulher, irene, filha de escravos
no rio de
janeiro – quatrocentos anos – e o toque
do
atabaque, nunca cessou, é a frequência
desta
potência ligada à tomada da vida)
Amálgama
das épocas, nosso tempo.
Esse
encontro expande os intervalos
entre as
vidas e suas trajetórias.
Vive-se-morre,
morre-se se vive.
Som,
silencio. Som, silêncio e som.
A verve
que nos move é una, seu
marritmo
alimenta a rebentação.
Quando
desembarcaram os ancestrais encontraram meus queridos canibais.
Conexão
indeterminada, duração