“[...] alegres,
bebamos a sóbria
embriaguez do espírito[2]”
(uma ebriografia do
saber)
***
Filosofia da ancestralidade – o corpo
da voz. Ancestralidade como filosofia – a voz do corpo.
Pesquisa; Teoria; Tradução – Poesia. Novelas; Romances; Ensaios – Narrativas.
***
[ “Mouvance” – Movência
]
“Mas esta interrogação
é da ordem do fantasma” [...] “A
morte sempre foi para mim, desde então, um pensamento por certo longínquo, mas
não estranho: uma espécie de perspectiva de futuro; ela não tinha nada de
mítico [...] A morte é uma amiga que virá. [...] Tal é a medida do tempo. ”
“Por
isso mesmo talvez, Abelardo era meu irmão ou até mesmo meu duplo: o filósofo, o
professor, o poeta, o homem aberto para o seu século e que seus contemporâneos
julgaram, sempre, como intelectualmente mais ou menos marginal... .”
“Pressinto
neles alguma coisa que recuso: sua aptidão a se tornarem “símbolo”, no sentido
muito vago em que a linguagem corrente usa esta palavra, uma bela imagem
destinada a encobrir uma verdade incongruente ou incômoda. Digamos que tenho
horror à alegoria. ”
“[...]
embora a autenticidade da correspondência não seja completamente assegurada,
entram na esfera do que é a realidade empiricamente constatável, portanto
objeto de história. A história não pode morrer. Ela sabe. ”
***
O
encontro com África e/ou América é sempre, para a condição de ser do europeu (de
um ocidental) seu próprio mito de origem. Ou seja, seu instante de
fundação e constituição de si, enquanto um ser que se projeta num outro
(não-ser) que não o reflete. Espelho estilhaçado da história e que se mantém em
pedaços. Paideuma.
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