Tuesday 14 February 2017

Ô Iá


respiro e penso
que a hora pede
foco e coração 
aperta, ora bate,
ora concentra
alinhamentos equilíbrios e retornos
de fluxos em devir-
começo, devir-
transformação,
devir-devir...
limiar de vértices
de vetores
que desenham
coordenadas
nos mapas
do cosmo
(caosmo)
esquizorealidade,
perimetral,
logo mais
pode ser
muito tarde.
Irôko ensina
às formas
da paciência
que o tempo
condensa e
nos aguarda,
no sonho,
na sede,
na sorte
que rega
as horas
e na surpresa
que é o mistério
do instante que
quer abstrair
o absurdo
enquanto os pés
caminham lentos
pela areia dos dias
e amanhecer
é uma lição divina,
na qual amar
faz morar,
em nós,
a manhã...

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