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No côro cru da
pele do pandeiro
sob a calma camurça da carcaça,
sob a exposta penugem das asas,
no córtex, no cálcio das conchas,
na celulose da última folha, ora
atuando na medula, ora contra
espasmos da anemia, uma luta
letal de sangue contra
sangue,
palavras pulsam polos magnéticos,
nossas boca pulsam, curam, criam
ventanias e minha voz, um hálito
quente, desenha um arco mágico
e escava esta cratera em teu corpo,
por dentro do oco para anti-matéria
do devir do dia desmembrado em
águas-de-igbíns, mel-arcaico – ato
ácido de formigas cavando a terra,
caminho de pássaros erguendo para
cima o ninho, na madeira, nas
telhas
do teto em que se revestem as casas
à caça oculta, bem-vinda, futura, ancestre
em volta, uma máquina de tudo, o
tempo,
um máximo de notas mágicas nas
páginas...
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