Monday 25 December 2017

POEMA

Todas as telhas
no teto, as suas
manchas úmidas
de sol e chuvas,
cada uma, desenha
um rosto, paisagens
ou, simplesmente,
borrões brotando
na superfície da
cerâmica, talvez
pegadas das patas
de pássaros e gatos,
vegetações, limos, 
líquens, linhas de pipas
e seus cadáveres, ninhos
de pequenos pardais, 
pombos ou roedores
povoando pousos e saltos
lapsos e raptos.

23.12.2017


No comments:

Post a Comment