Wednesday 17 January 2018

PAISAGEM

as raízes despencando
da janela do terraço
da varanda
do primeiro andar
do prédio
frequentam
a rua ao vento
enquanto crescem
em direção ao sol
ao platô ao pântano
que se explana lá fora,
enquanto os dedos
trêmulos sobre as teclas
em apagadas digitais dissecam
as horas em que se encabulam
os versos as vozes fantasmas
de dias menos, tanto menos,
quanto mais, menores que as
noites em que a distância espanta
em língua-franca, língua-língua, o
sal se espedaça e farfalha pela folha.

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