Quer seja,
ou não, um
Drummond
dos últimos
dias,
ou aquele
caule quieto
feito força,
tronco robusto
de Jacarandá,
cantando
ao corte
da motosserra
seu dobre
metálico
à morte.
É certa
que aprovação
chegou
qual sol
que esquenta
as águas mornas
do mar
e vem dar na praia
piscinas naturais
de arrecifes costuradas
de corais. Este mesmo
sol esculpiu
as pedras
na Serra
da Capivara
(as dunas
do Saara)
e cultivou
calcário covil
de raras formas
de nossa vil espécie,
porção passageira
de tudo,
culto de terras
e mortos
dos quais nos
alimentamos.
É que a
esta hora
o corpo
é petróleo,
fóssil em
osso e sal
gravado
nas paredes
laranjas cinzentas
do cerrado,
da caatinga,
dos vales
dos desterros
das memórias
e moradas
mais antigas
que o sono
da superfície
do Ocidente.
O vento esculpiu
a tinta de fogo
cobre e sangue
o redemoinho
da reviravolta
que nos conta
estas estórias.
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