Wednesday 5 October 2016

Sociologia e Antropologia Afroindígena: entrecampos/entrecaminhos



Das “metafísicas canibais” ao 
                                                 parentesco caboclo (musical e ritual)
                                                                                                  – narrativas afroindígenas do caçador.


grafismo xinguano


A cosmologia do caçador/A mitologia do guerreiro/A ontologia do homem-floresta=> Poesia: A linguagem musical da mata, do mato.

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O outro mundo que é possível

– o plano ancestral do rito:

Prisma da realidade sociológica.



- “Não somos parte do folclore,
somos reais e somos os únicos
capazes de proteger a floresta”[1]
O caçador da cura, a última narrativa.

(Ashram) aldeia-comunidade-mundo


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TODO CABOCLO É UM XAMÃ É UM ÍNDIO É UM AFRICANO É UM PAJÉ É UM MAGO É UM CAÇADOR DOS ÚLTIMOS.


Este operador ritual das realidades e de técnicas mnemônicas corporais a partir da força ontológica da ancestralidade transforma o mito em mundo – realidade social. "Para operar a magia é preciso casar-se com o mundo". Em oposição ao caráter cismático com o qual opera a visão de mundo ocidental, cosmologias contemporâneas tecem as teias das narrativas ameríndias em torno do caçador das técnicas de captura e "tecnologias de acesso" das cosmogonias nativas africanas e afroindígenas.


A vida é um grande ensaio como se a ideia da realidade pudesse a qualquer momento desabar em nossa frente. E nós com ela em sua perseguição na caça pela narrativa das guerras pelo território. A sociologia filosófica eco-política destas etno-narrativas ancestrais elabora a cosmologia dos ameríndios que se atualizam na agência cosmopolítica dos caboclos. 




[1] Sonia Bone Guajajara, liderança indígena Guajajara.

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